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Viajar e entrar em contato com os desejos do seu verdadeiro eu, de se conhecer, observar o momento do agora, estar conectado com a natureza fornece ao corpo e a alma a limpeza da mente e a conexão com o mundo em sua naturalidade.

Vou contar um pouco de mim, meu nome é Carlos Eduardo, apelidado de “Cadu” . Tenho vocação espiritualista e alta sensibilidade com as maravilhas do mundo e da sua natureza, não via a hora de sair de casa e tentar a vida em outros lugares, me formei em Administração e especializei em turismo em uma cidade turística de Goiás. Quando terminei a faculdade passei alguns anos em minha cidade natal, mas o mundo me chamava, fui morar primeiramente no Rio de Janeiro em um bairro mais distante da zona sul e bem perto das praias, um lugar lindo onde pude ver uma outra forma de Brasil, onde o verde e o mar fazem parte do seu dia a dia, pelo menos para mim foi uma experiência incrível, fiz muitos amigos  apaixonados pela vida, tive muitos aprendizados, um lugar onde definitivamente tive a oportunidade de aprender a meditar mais profundamente e de me ver como um apaixonado pela natureza.

Logo depois da minha vida no Rio, tive uma oportunidade de morar fora do Brasil, arrumei as malas e fui morar em Roma na Itália, foi transformador, mudei minha vida e muitos conceitos gerais, aprendi a dar mais atenção as coisas ao meu redor, observador e ser um apaixonado pelas outras culturas que tanto tem a ensinar e a mundializar a nossa mente. Quando morei em Roma fui fazer algo desafiador, como já gostava muito de me exercitar como andar e correr, um amigo me disse sobre o encantador e sagrado Caminho de Santiago na Espanha, era uma aventura em meio à natureza, vivendo de uma forma simples e caminhando de uma forma meditativa, resolvi a adotar o a aventura como algo a conquistar para mim mesmo, iniciei de uma cidade pequena da França, atravessando o Norte da Espanha até a cidade de Santiago de Compostela e logo depois por pura paixão caminhei mais 300 km indo até as bordas do oceano Atlântico em Finisterra, caminhando aproximadamente 1200 km em 33 dias.

As sensações que tive nesse caminhar são inexplicáveis, posso dizer que desintoxiquei a alma, os pensamento e o corpo, os meus dias eram grandes, ricos e intensos, cheios de belezas preenchidas pela minha visão, muitos aprendizados, inúmeras metáforas e reflexões sobre a vida choviam em minha mente, estava com a sensibilidade à flor da pele, reconheci o poder da paz, da simplicidade das coisas e dos acontecimentos, e reconheci que realmente era já um adorador da natureza, via e sentia que ela fazia parte de mim. Os amigos que encontrei cada um adotava também como um professor, com suas histórias de vida e as lições dos acontecimentos que vivenciava com eles no dia a dia da caminhada. Ter feito essa peregrinação marcou minha vida e quero fazer mais vezes grandes peregrinações.

Viver na Itália também com toda sua rica cultura, história, excelente cozinha e a facilidade de viver feliz, de um carpe diem verdadeiro fez com que marcasse mais uma vez a minha vida. Hoje vivo com o sentimento de nostalgia por essa linda “dolce vita” italiana que vivi.

Hoje moro em Londres na Inglaterra, que também está sendo uma forma incrível de morar com o mundo, onde todas as nacionalidades se encontram, mas apesar de ser uma cidade como uma grande floresta de concreto pelo menos sempre me refugio aos lindos parques e também sempre tiro meu tempo quando possível para viajar é claro, e como adotei a arte e apreciação do caminhar sempre vou a lugares mais remotos das regiões que visito quando vou em outras cidade da Inglaterra e outros países.

Ainda sou um aprendiz da vida, um aventureiro, que não pensa duas vezes em mergulhar nas riquezas naturais que o mundo tem a proporcionar, um peregrino que adotou a vida como um “wanderlust”, um ser que necessita até o fim da existência de estar em uma constante viagem seja ela geograficamente ou mentalmente com novas e saudáveis experiências de vida. Hoje tenho uma grande Gratidão por tudo que foi já criado e tudo que será criado.

Deixo com vocês uma parte do livro “Diário de um Mago” de Paulo Coelho onde também faço dele as minhas palavras.

“Quando você viaja, está experimentando de uma maneira muito prática o ato de Renascer. Está diante de situações completamente novas, o dia passa mais devagar e na maior parte das vezes não compreende a língua que as pessoas estão falando. Exatamente como uma criança que acabou de sair do ventre materno. Com isto, você passa a dar muito mais importância às coisas que te cercam, porque delas depende a sua sobrevivência. Passa a ser mais acessível às pessoas, porque eles poderão ajudá-lo em situações difíceis. E recebe qualquer pequeno favor dos deuses com uma grande alegria, como se aquilo fosse um episódio para ser lembrado pelo resto da vida. Ao mesmo tempo, como todas as coisas são novas, você enxerga apenas a beleza nelas, e fica mais feliz em estar vivo. Por isso a peregrinação religiosa sempre foi uma das maneiras mais objetivas de se conseguir chegar à iluminação. A palavra pecado vem de pecus, que significa pé defeituoso, pé incapaz de percorrer um caminho. A maneira de se corrigir o pecado é andando sempre em frente, adaptando-se às situações novas e recebendo em troca todas as milhares de bênçãos que a vida dá com generosidades aos que lhe pedem.”

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