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Antigamente, antes da primeira guerra mundial, os chineses, por exemplo, usavam esmaltes feitos a partir de cera de abelha, gelatina, pétalas de flores e outros pigmentos naturais. Porém, após a guerra, a fabricação do esmalte passou a ser cada vez mais sintética, fazendo o uso de substâncias que fazem mal ao meio ambiente e à saúde humana.

Nos Estados Unidos e na Europa, muitos componentes do esmalte já foram proibidos, mas por aqui não. Por isso é importante saber a respeito do tema e ficar atento aos rótulos dos produtos na hora de comprar.

Descarte correto

O esmalte não pode ir para o lixo comum, podendo contaminar solos e água no caso. Se incinerado, produz vapores tóxicos.

Mas e a embalagem de vidro? Esta sim pode ir para o lixo reciclável, porém é necessário remover todo o conteúdo do seu interior. Para isso, escorra em um papel de jornal o máximo possível e, para o que ainda restar no fundo do vidro, adicione removedor de esmaltes. Quando despejado o líquido no jornal, as substâncias nocivas evaporam.

Assim que a embalagem estiver completamente limpa destine a reciclagem.O papel de jornal pode ir para o lixo comum. Não esqueça de tirar a tampinha e por no lixo plástico da coleta seletiva.

Jamais despeje o esmalte nos ralos, pias e vasos sanitários.

E a logística reversa?

Logística reversa é o recolhimento dos produtos por parte dos fabricantes, que assim destinam corretamente os resíduos.

Seria bom se houvesse, mas no Brasil ainda não existe.

A marca de esmaltes estrangeira Zoya tem a iniciativa de trocar esmaltes usados por cores novas de sua marca, com o intuito de reciclar os vidros, todos os anos, no Dia da Terra.

O que pode ser feito no Brasil é as pessoas pressionarem os governos por legislações que obriguem a logística reversa pelos fabricantes.

Composição do esmalte

A composição do esmalte é, basicamente, 85% de solventes e os 15% restantes de resinas, plastificantes e outros componentes do esmalte.

Solventes

Tolueno: é um diluente comprovadamente cancerígeno que pode causar irritações à pele, como vermelhidão, dor e ressecamento, além de danos ao sistema nervoso central, rins e fígado por exposição repetida ou prolongada. Também é tóxico ao ambiente aquático;

Álcool isopropílico: pode causar alergia no contato direto com a pele e prejudicar fauna, flora e ambientes aquáticos, e, quando derramado no solo, poderá percolar (atravessar o solo) em parte e atingir o lençol freático, contaminando-o.

Formol: também utilizado como esterilizante, o produto pode ser absorvido via inalação ou por contato com a pele, com alto potencial de irritabilidade local e podendo causar câncer.

Sobre alergias

Os esmaltes são os cosméticos que mais causam alergias aos consumidores, devido a sua composição, sendo que 95% dos alérgicos apresentam os sintomas devido ao tolueno e os outros 5% devido à presença de formol.

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Referências

ecycle.com.br/esmalte/

recilux.wordpress.com/2016/01/01/esmaltes-poluem-o-meio-ambiente-e-nao-devem-ser-descartados-em-lixo-comum/

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