O que é microplástico?
Trata-se de pequenas partículas de plástico (no máximo de 1 mm de comprimento) que absorvem substâncias nocivas e assim acabam afetando ecossistemas e a saúde humana. Este material é um dos principais poluentes dos oceanos.
Como evitar?
Use menos o carro
Muito se fala da poluição do ar emitida pelos carros pela queima de combustível. Mas você sabia que uma das principais fontes de emissão de microplástico são oriundas do desgaste dos pneus de carros? Essa é também a segunda maior fonte poluente de microplástico nos oceanos, depois do plástico descartável. Assim sendo, evite usar o carro ao máximo. Prefira o transporte coletivo ou então vá a pé ou de bicicleta!
Outra solução vem sendo desenvolvida por estudantes europeus, um equipamento que retém o microplástico emitido pelos pneus. O dispositivo criado é acoplado ao pneu e usa a eletrostática para recolher as partículas de plástico liberadas durante o uso do veículo. De acordo com os testes, 60% do microplástico fica retido. Depois, esta “poeira” é coletada e pode ser reaproveitada na produção de novos pneus ou mesmo de tintas.
Use algodão orgânico ao invés de poliéster
Durante a lavagem das roupas de materiais sintéticos, como o poliéster, por meio do choque mecânico, as partículas de microplásticos se desprendem e acabam sendo enviadas para o esgoto, indo parar em corpos hídricos e no ambiente. A lavagem de roupas é responsável por mais de um terço dos microplásticos que acabam no oceano. Quando você lava roupas de algodão orgânico, isso não acontece.
Mas se você tem roupas de materiais sintéticos, existem maneiras de reduzir o impacto: o ideal é lavar as roupas de tecido sintético com menos frequência (para reduzir a liberação de microplásticos), usando sempre a capacidade máxima da máquina para reduzir a fricção entre as peças, em ciclo curto e água fria.
Cosméticos e produtos de higiene
Alguns sabonetes, cremes, pastas, géis e máscaras esfoliantes são um perigo para o ambiente. Esses produtos podem ser feitos com partículas de polietileno, que após o uso, caem diretamente na rede de esgoto. Alguns cosméticos e produtos de higiene pessoal contêm microplásticos não só na embalagem mas também na sua composição.
Portanto, prefira receitas caseiras ao invés de cosméticos e esfoliantes sintéticos. Mas se realmente quiser um produto industrializado, fique atento ao rótulo. Se aparecerem itens como polietileno (PE), polimetilmetacrilato (PMMA), nylon, polietileno tereftalato (PET) e polipropileno (PP), isso significa que há microplásticos na composição.
Outra possibilidade é baixar o aplicativo Beat The Microbead e escanear a lista de ingredientes do produto para verificar se o produto contém plásticos que irão do seu ralo direto para o oceano.
Não consuma animais marinhos
Você conhece a pesca fantasma? Muitas redes de pesca são abandonadas no mar, fazendo com que animais fiquem presos e acabem morrendo. Além disso, estas redes são de plástico e também liberam micro plástico nos oceanos.
Um dos problemas do microplástico é que eles absorvem substâncias químicas nocivas e carregam ftalatos e BPA, compostos cancerígenos utilizados na fabricação.
Muitos animais, como golfinhos, tartarugas e aves também ingerem micro plástico nos oceanos. Plânctons e larvas de peixes são a base da cadeia alimentar marinha. Esses animais confundem microplásticos com alimento e os ingerem, assim como animais filtradores, como as ostras. A partir deles, animais maiores passam a ingerir os microplásticos, se acumulando até animais que os próprios humanos se alimentam, como os peixes.
Portanto, não consuma animais marinhos! Ou pelo menos reduza o consumo.
Diminua o uso de plástico
Leve sempre com você, para onde quer que for, seu canudo reutilizável, sua ecobag e sua garrafa retornável, etc. Evite comprar alimentos para viagem, pois vem cheios de itens de plástico de uso único. Dê preferência a compra de alimentos a granel, pois assim você não consome embalagens descartáveis.
Quando comprar alimentos, cosméticos e produtos em geral, prefira aqueles que venham em embalagens de vidro, papel ou sem embalagens, como shampoos e sabonetes em barra.
Limite os alimentos altamente processados
Pesquisas associam o consumo de alimentos altamente processados – como hambúrgueres, refeições de conveniência prontas para consumo, batatas fritas, sorvetes, refrigerantes e alimentos enlatados – com níveis mais altos de microplásticos de ftalato no corpo.
No arco de 7 dias ingerimos junto com a água e a comida cerca de 5 gramas de fragmentos de plásticos, o equivalente ao peso de um cartão de crédito.
Escolha com mais frequência alimentos integrais e aqueles minimamente processados e limite ou elimine alimentos altamente processados de sua dieta.
Guardando a comida
Evite guardar sua comida em filme plástico, sacolas plásticas ou recipientes plásticos. Quando sua comida entra em contato com o plástico por um longo período de tempo, é mais provável que ela absorva os produtos químicos do plástico. Isso acontece principalmente quando o plástico é esquentado junto com a comida. Portanto, se for levar ao microondas, use um recipiente de vidro. Uma das substâncias mais conhecidas, que passam do plástico para a comida, é o BPA.
Dentre diversas consequências negativas para o corpo humano, o BPA é muito conhecido por desregular os hormônios. O que acontece é que o organismo não reconhece a diferença entre o BPA e os estrógenos naturais, pois ele imita os hormônios.
Seque roupas naturalmente
Secar suas roupas em uma máquina libera milhares de microplásticos. Uma maneira simples de reduzir drasticamente os microplásticos é pendurar suas roupas em um varal ou escorredor para secar ao ar. Suas roupas também durarão mais! Os pesquisadores descobriram que passar uma carga de roupa na secadora liberava microfibras a 9,1 m de distância da ventilação – diretamente no ambiente.
Tenha uma garrafa de água reutilizável
A exposição aos microplásticos é quase 2–3 vezes maior em indivíduos que dependem de sua ingestão de líquidos de garrafas plásticas de água. Em um grande estudo sobre microplásticos em água engarrafada, os pesquisadores encontraram microplásticos em 93% das amostras que testaram.
Isso pode ser devido ao fato de que o calor e o tempo de armazenamento mais longo, que podem ser comuns com água engarrafada, aumentam a migração de microplásticos de embalagens para alimentos e água.
Não ponha plástico no microondas
Recipientes de plástico liberam plásticos quando são aquecidos. Isso vale mesmo quando os recipientes de plástico são rotulados como “seguros para micro-ondas”. Ser seguro para micro-ondas significa que o recipiente não derreterá no micro-ondas, não que não transfira produtos químicos para a comida.
Em vez disso, transfira a comida para um recipiente de cerâmica ou vidro ou guarde alguns pratos no escritório para usar na hora do almoço. Tome cuidado para não lavar os recipientes de plástico também na máquina de lavar louça, pois a água aquecida degrada o plástico.
Evite o uso de tintas látex e acrílicas
A tinta plástica utilizada em casas, carros e navios se desprende por meio de intempéries e vai parar no oceano, formando uma camada de microplásticos na superfície do mar.
Saquinhos de chá
Um estudo recente descobriu que, quando um saquinho de chá de plástico é preparado, 11,6 bilhões de microplásticos e 3,1 bilhões de nano plásticos são liberados na bebida. A maioria dos saquinhos de chá é composta por cerca de 25% de plástico, e mesmo os comercializados como papel geralmente são colados com polipropileno, que é um tipo de plástico.
Tente substituir os saquinhos de chá por chá de folhas soltas e use saquinhos de chá de linho reutilizáveis e recarregáveis ou bolas de chá para macerar. Considere fazer seu próprio chá caseiro também.
Canudinhos
Diariamente, são descartados um bilhão de canudinhos. Só nos Estados Unidos, são jogados fora meio milhão de canudinhos por dia.
Quando vão parar no ambiente (mesmo quando descartados em aterros, podem ser levados pelo vento), esses canudinhos, antes de virarem microplásticos, acabam indo parar no organismo de animais, inclusive em narinas de tartarugas.
Limpe a poeira
Além de comer e beber, os microplásticos também chegam aos nossos corpos através do ar.
Essas minúsculas peças de plástico são tão pequenas que muitas vezes se misturam na poeira debaixo de nossas camas, nos cantos da casa e flutuando no ar. A limpeza regular do pó e a aspiração podem impedir que esses microplásticos se acumulem e sejam inalados pelos habitantes da casa.
Faça parte do movimento
Além das ações individuais você pode contribuir coletivamente também. Você pode apoiar políticas, políticos e organizações que estão adotando seu próprio tipo de ação. Vote em políticos que priorizam a saúde de seus cidadãos e realmente abordam as crises de poluição por plástico e microplástico. Ligue ou envie um e-mail para seus senadores e representantes para que eles saibam que reduzir a produção e o uso de plástico é importante para você.
Seja voluntário ou contribua com organizações e instituições de caridade que lutam contra os microplásticos no meio ambiente. Faça uma busca por organizações que lutam contra os plásticos e você encontrará diversas.
Contribua com iniciativas que buscam retirar redes de pesca e outros tipos de plástico do mar.
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Seja bem-vindo ao blog do Ciclo Orgânico. Somos uma empresa que faz coleta e compostagem de resíduos orgânicos. Funciona assim: o ciente paga uma assinatura e recebe um baldinho para separar os seus resíduos orgânicos. Periodicamente, nós passamos de triciclo em sua casa e coletamos o material, que é encaminhado para a compostagem. Assim que o adubo fica pronto, devolvemos no final do mês um saco para o cliente como recompensa.
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Referências
ecycle.com.br/como-evitar-a-poluicao-por-microplasticos/
news.ifood.com.br/3-dicas-para-lancar-menos-microplasticos-no-meio-ambiente/
dw.com/pt-br/as-soluções-na-luta-contra-os-microplásticos/a-47982273
perchenergy.com/blog/lifestyle/reduce-microplastic-pollution-consumption
ecowatch.com/avoid-microplastics-at-home-2655282616.html
wikihow.com/Avoid-Microplastics