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Muito se fala a respeito da enorme quantidade de plástico nos oceanos. O que muitos não sabem é que os principais produtos encontrados neste meio não são os canudos, copos e garrafas de plástico, mas sim, as redes de pesca.

A Ilha de Lixo do Pacífico, um gigante redemoinho que acumula quase 80 mil toneladas de plástico e tem quase 2 vezes a área da França, é formada em 46% por redes de pesca perdidas ou jogadas fora de propósito.

Falando além da Ilha de Lixo do Pacífco, estima-se que 85% do lixo plástico encontrado no mar é de redes de pesca.

De acordo com a World Animal Protection, anualmente os oceanos recebem 640 mil toneladas de material de pesca descartados ou perdidos, sendo que as redes de plástico compõem a maior parte do montante. Estima-se que mais de 130 mil animais como focas, leões-marinhos, tartarugas e baleias sejam mortos por essas redes todos os anos.

Outro problema das redes de pesca é que boa parte dos peixes capturados não tem o objetivo de serem pescados. A maior parte são peixes para servirem de alimento aos humanos, mas também acabam sendo pescados outras espécies indesejadas. Em números, 20% dos peixes pescados são mortos sem objetivo algum.

Muitas redes de pesca que foram jogadas no mar a mais de 100 anos continuam matando animais até hoje!

Pesca fantasma

A pesca fantasma é causada por materiais de pesca perdidos ou abandonados, que continuam matando e ferindo espécies marinhas, sem nenhum humano por trás dessa ação ou qualquer ganho comercial. O impacto diário da pesca fantasma é de 69 mil animais mortos por dia dessa maneira – incluindo baleias, tubarões, tartarugas marinhas, garoupas, lagostas e aves costeiras.

Além do alto impacto ambiental pela demora na decomposição desses equipamentos, até 600 anos, estima-se que 5 a 30% do declínio populacional de algumas espécies pode ser atribuído à pesca fantasma.

Também gera microplástico

O plástico é usado na confecção das redes de pesca pois é resistente. Porém, sob a ação dos ventos, das ondas e do sol, também gera microplástico no oceano, o que piora ainda mais a situação das redes de pesca abandonadas no mar.

Fiscalização

Atualmente existem 4,5 milhões de navios pesqueiros atuando em alto mar. Porém, menos de 1% das águas do oceano são fiscalizadas.

Solução

Além de continuar evitando consumir canudinhos de plástico, outra forma de melhorar a situação do plástico no oceano, tendo em vista a questão das redes de pesca, é boicotar a indústria pesqueira reduzindo o consumo de peixes e frutos do mar.

Outra medida tomada pela World Animal Protection consiste no etiquetamento das redes de pesca para assim monitorar os infratores. Além disso, as redes terão boias, para facilitar a identificação das redes no mar.

Também já existem bolsas feitas de redes de pesca. O nome dela é Redeco. Outra iniciativa interessante é a produção de pufes, isso mesmo, aquele móvel parecido com um sofá, com seu interior composto por redes de pesca.

Referências

hypeness.com.br/2018/08/canudos-nao-sao-maior-problema-redes-de-pesca-geram-46-do-plastico-nos-oceanos/
worldanimalprotection.org.br/not%C3%ADcia/redes-de-pesca-e-plastico-retirados-dos-oceanos-sao-oportunidade-de-mercado-dizem
ciclovivo.com.br/planeta/meio-ambiente/640-mil-toneladas-de-redes-de-pesca-vao-parar-nos-oceanos-todo-ano/
.publico.pt/2019/11/06/ciencia/noticia/material-pesca-representa-85-lixo-plastico-mar-1892800
mercyforanimals.org.br/blog/canudinho-redes-pesca/
boasnovasmg.com.br/2018/09/13/redes-de-pesca-identificadas/

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