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O que é bioconcreto?

Neste texto você verá uma tecnologia capaz de revolucionar o setor da construção. Estamos falando do bioconcreto!

Trata-se basicamente de um tipo de concreto capaz de auto reparar fissuras, assim como um animal capaz de curar suas feridas.

Assim é possível realizar edificações sem se preocupar com possíveis fissuras.

Mas como funciona a tecnologia?

O que acontece é que o bioconcreto possui bactérias em sua composição, e quando acontece uma fissura, a umidade e o ar “acordam” estes microrganismos que consomem o lactato de cálcio. Como resultado do processo de digestão aparece o calcário, que acaba por reparar as fissuras no concreto. Cabe lembrar que o calcário é a matéria prima principal para a fabricação do cimento.

Estas bactérias normalmente vivem em lagos próximos a vulcões, que são alcalinos assim como o asfalto, por isso elas também se dão bem neste meio.

Características do bioconcreto

O principal objetivo do bioconcreto é estender a vida útil das edificações, uma vez que há menores gastos com manutenção. O conserto de fissuras na Europa pode chegar a 22 bilhões de reais por ano! Ah e estas bactérias podem sobreviver por 200 anos, o que é mais positivo ainda pensando na durabilidade das construções.

Qual deve ser o tamanho da fissura?

Para que as bactérias consigam reparar as fissuras é necessário que estas não passem de 1 mm de largura. Apesar de parecer ser uma limitação, fissuras deste tamanho podem apresentar grandes problemas e danos à edificação. Mesmo com 1 milímetro, uma fissura permite a entrada de ar que pode corroer o aço – vergalhões – que suportam a edificação. Já em relação à extensão das fissuras, podem chegar a alguns metros.

Em quanto tempo acontece o reparo?

Outro ponto positivo do bioconcreto é a velocidade que ele se auto repara. A partir do momento em que a fissura acontece e as bactérias começam a produzir o calcário, em 3 semanas o reparo acontece por completo.

Por que é sustentável?

Os componentes do concreto: cimento, areia e pedra constituem-se em indústrias bastante poluentes, representando cerca de 8% das emissões globais de CO2. Com o bioconcreto, evita-se o uso de matéria-prima adicional para reparo do concreto original. Outro ponto positivo do bioconcreto é que pode sequestrar CO2 da atmosfera.

O processo de fabricação do cimento envolve a queima de calcário e argila em fornos aquecidos a cerca de 1.400 °C, nos quais os combustíveis fósseis são normalmente usados ​​como fonte de energia. É daí que vêm as emissões de CO2.

Custo x Benefício

O grande desafio para a utilização do bioconcreto é o seu custo, que pode chegar ao dobro do concreto convencional. O custo se deve a adição das bactérias. O alto custo também é uma das principais barreiras para a implementação da tecnologia no Brasil.

Obras feitas de bioconcreto

O bioconcreto vem sendo testado em algumas construções. Na Holanda, há uma construção feita totalmente desse material e que é monitorada pelos pesquisadores a cada dois anos.

O bioconcreto também está sendo utilizado em canais de irrigação no Equador. O país tem grande atividade sísmica, e esses eventos são capazes de provocar fissuras na estrutura.

Pelos preços elevados, o bioconcreto é mais indicado para ser utilizado em estruturas subaquáticas ou no subsolo, e ainda em construção de reservatórios de água ou outros fluidos onde a estanqueidade é fundamental.

Referências

celere-ce.com.br/inovacao/bioconcreto/

weg.net/tomadas/blog/arquitetura/bioconcreto-o-que-e-e-como-ele-e-capaz-de-se-regenerar/

bbc.com/portuguese/geral-37204389

ecycle.com.br/bioconcreto/

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