Atualmente, a biodiversidade, o que inclui animais e plantas, está ameaçada principalmente por causas humanas. Estima-se que nos últimos 35 anos cerca de um quarto da biodiversidade no planeta foi perdida. Neste texto você verá que não apenas os animais e plantas são afetados, mas também nós humanos.
Quais são as principais causas?
Destruição de habitats: é causada principalmente por desmatamento, expansão urbana e avanço da agropecuária.
A destruição de habitats é a principal causa da extinção de animais.
O que acontece é que ficam sem alimento, moradia e locais de reprodução. Muitos animais são obrigados a migrar, e sua adaptação nos novos locais é incerta. Já as plantas não podem migrar e podem ser extintas. A Mata Atlântica é um exemplo de ecossistema fragmentado, ou seja, existem porções de floresta separadas por áreas de pastagens e plantações. A plantação de soja é uma das principais causas de desmatamento. Em 2020 cerca de 17 milhões de animais morreram no Pantanal devido às queimadas.
Poluição: pode contaminar diretamente os animais ou então o meio em que vivem. Geralmente é causada por plástico e agrotóxicos. A poluição pode contaminar a água e alimentos consumidos pelos animais.
As abelhas, que possuem enorme importância na polinização e logo, na segurança alimentar humana, estão seriamente ameaçadas por pesticidas à base de nicotina.
Na Europa, boa parte desses insumos já foram proibidos.No Brasil esses agrotóxicos são dispersados por aviões e acabam se perdendo no ambiente, contaminando humanos que moram próximos. Também há a poluição marinha por plástico que ameaça tartarugas, aves e mamíferos. Estes animais confundem pedaços de plástico com alimentos e se enroscam em redes de pesca abandonadas e morrem asfixiados. Também há muito microplástico nos oceanos, o que contamina esses animais (e inclusive os humanos que se alimentam destes).
Mudanças climáticas:
pesquisas estimam que se a temperatura média global aumentar 2 graus, cerca de 30% das espécies de animais podem desaparecer.
O aumento da temperatura dos oceanos está causando a morte dos recifes de corais, que possuem grande importância ecossistêmica, e dos fitoplânctons, que são base da cadeia alimentar marinha. Os ursos polares são um dos principais exemplos também, pois devido ao degelo estão tendo áreas de caça reduzidas. Muitos parasitas se desenvolvem melhor em climas mais quentes, e isso pode resultar na disseminação de doenças.
Exploração: atividades como a caça ilegal, sobrepesca e tráfico de animais reduz drasticamente a quantidade de animais nos habitats. A pesca predatória retira mais peixes do que o ecossistema é capaz de repor. Isso se deve a caça com redes, em períodos de reprodução e a captura de animais já ameaçados. Um bom exemplo dos impactos da sobrepesca é a redução da quantidade de tubarões: hoje a população é de apenas 10% em relação a 1970. Como consequência, a população de arraias cresceu 12 vezes.
O tráfico de animais retira enormes quantidades de indivíduos (só no Brasil, são 38 milhões por ano).
Muitos animais são obtidos como símbolo de status e outros para a retirada da pele, por exemplo. As aves correspondem a 80% das espécies traficadas. O Brasil é um dos países onde acontece mais tráfico de animais, principalmente devido a grande biodiversidade existente no país.
E quais são as consequências?
Muitas espécies entram em extinção. Isso pode causar desequilíbrios nos ecossistemas, pois as espécies possuem funções específicas onde vivem. Se uma espécie é extinta, os predadores dela têm que encontrar novas fontes de alimento.
Alguns animais são muito importantes para os humanos, como é o caso das abelhas, que são polinizadores e asseguram a alimentação das pessoas. Cerca de um terço dos alimentos cultivados pelos humanos no mundo depende da ação polinizadora das abelhas. As plantas também capturam grandes quantidades de CO2.
Como podemos combater a perda de biodiversidade?
O reflorestamento pode reconstruir habitats. Além disso, a reintrodução de plantas tem papel importante na captura de CO2. O ideal é plantar espécies que já existiam ali antes de serem desmatadas, pois já estão adaptadas às condições climáticas e tem maior potencial para recompor a biodiversidade. O reflorestamento é interessante inclusive em áreas urbanas, podendo trazer mais biodiversidade para as cidades. Um bom exemplo de medidas governamentais é a União Européia, que planeja plantar no continente europeu 3 bilhões de árvores até 2030.
A agricultura pode adotar práticas sustentáveis como cultivar alimentos sem o uso de agrotóxicos.
Para substituir esses insumos, pode ser praticado o manejo integrado de pragas, que consiste na inserção de insetos predadores de pragas, como joaninhas, por exemplo. A agrofloresta, que consiste na combinação de árvores nativas com cultivo de alimentos, pode aumentar a biodiversidade.
Podem ser criadas áreas de proteção como reservas e parques, mais conhecidas como unidades de conservação. O objetivo principal é a conservação da fauna e da flora. Podem ser usadas também para a realização de pesquisas científicas.
A pesca deve respeitar limites de captura e evitar animais ameaçados. Devem ser criadas reservas marinhas para proteger esses animais, reforçar a fiscalização, promover a educação de consumidores e pescadores a respeito dos impactos da pesca predatória e implementar punições mais severas para os pescadores ilegais.
Você é novo por aqui?
Seja bem-vindo ao blog do Ciclo Orgânico. Somos uma empresa que faz coleta e compostagem de resíduos orgânicos. Funciona assim: o cliente paga uma assinatura e recebe um baldinho para separar os seus resíduos orgânicos. Periodicamente, nós passamos de triciclo em sua casa e coletamos o material, que é encaminhado para a compostagem. Assim que o adubo fica pronto, devolvemos no final do mês um saco para o cliente como recompensa. Quer participar? Peça o seu baldinho clicando aqui!
OBS: o serviço só vale para o Rio de Janeiro.
Neste blog publicamos diversos textos por dia! É só entrar na página principal do blog! Aproveite!