Você provavelmente está mais familiarizado com as consequências das mudanças climáticas para o meio ambiente. O que pode ser novidade são as consequências para a saúde humana. Neste texto você verá algumas como a proliferação de doenças causadas por mosquitos, doenças geradas por poluição do ar, ansiedade climática e consequências das ondas de calor.
O maior volume de chuvas e o aumento de temperatura e umidade contribuem para a proliferação de doenças como leptospirose, dengue, chikungunya e zika.
O aumento das chuvas gera mais pontos de água parada, local ideal para a proliferação dos mosquitos. Dessa forma, regiões mais frias, como a Europa, à medida que se aquece pode apresentar mais casos dessas doenças, o que era pouco comum até então.
O aumento dos incêndios florestais piora a qualidade do ar e pode gerar doenças respiratórias.
Alguns especialistas também afirmam que as partículas podem desencadear até mesmo câncer. Crianças e idosos são os mais afetados. No Brasil, acontecem 80 mil mortes por ano relacionadas à poluição do ar. A Califórnia, por exemplo, também é um local que vem sofrendo muito com os incêndios desde 2020, pondo em risco a sua população. Os incêndios afetam não apenas a região onde ocorrem, mas também outras a 2 mil quilômetros de distância. No Brasil, a maior parte dos incêndios ocorrem na Amazônia e no Cerrado. Cidades como Manaus, no Amazonas, já apresentam poluição do ar. Pessoas com asma, por exemplo, podem ter a situação agravada.
As chuvas e tempestades podem ter sérias consequências na vida das pessoas, como a perda de moradias. Isso também pode desencadear transtornos mentais como ansiedade e depressão. Esse problema vem crescendo tanto que já possui até nome: eco-ansiedade. O problema é mais comum entre pessoas que moram em áreas de risco de deslizamento de terra e enchentes. Um estudo constatou que 56% das pessoas pensam nos problemas climáticos pelo menos uma vez por semana.
Os jovens são os mais afetados pela ansiedade climática, pois possuem um longo futuro pela frente e este pode estar ameaçado pelas mudanças climáticas.
O quadro de eco-ansiedade na população pode ser comparado aos mesmos níveis de ansiedade que ocorreram durante a Covid-19.
As ondas de calor também impactam a saúde. Muitas pessoas são obrigadas a trabalhar em climas extremamente quentes e podem ter quadros de grave desidratação. Uma das principais consequências para a saúde é a perda de água e sais minerais pelo suor. É muito comum que a desidratação propicie doenças renais.
As altas temperaturas também podem desencadear doenças cardiovasculares.
Estudiosos estimam que se a média de temperatura global aumentar 2 graus até 2050 o número de mortes pelas ondas de calor pode aumentar 370%.
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