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A biomassa é a energia produzida a partir da queima direta de resíduos orgânicos (de origem vegetal ou animal) ou então pela captura dos gases gerados durante a decomposição destes.

Esses resíduos podem se regenerar na natureza, o que torna a biomassa uma fonte de energia renovável.

Além disso, emite muito menos CO2 do que os combustíveis fósseis, por isso é considerada uma energia limpa também.

Quais são os produtos exatamente usados na geração da biomassa? Basicamente são todos os materiais orgânicos capazes de gerar calor pela sua queima. Alguns exemplos são bagaço da cana-de-açúcar, palha de soja e de milho, cascas de arroz e café, lascas de madeira, estrume, resíduos da indústria madeireira e resíduos orgânicos urbanos e agrícolas. Como você pode perceber, existe uma enorme variedade de produtos, sem falar que podem ser encontrados em praticamente qualquer país, portanto a biomassa não possui grandes restrições de locais para ser produzida.

A produção de energia a partir da biomassa é semelhante a das termelétricas, convertendo o calor da queima dos resíduos orgânicos em energia.

As emissões de carbono no processo são muito baixas, o que a torna uma das fontes de energias mais limpas. Outro ponto positivo é que os custos de geração dessa energia são baixos. Além de gerar energia elétrica, outros produtos derivados são biogás, óleos vegetais, carvão vegetal, bioplásticos e os biocombustíveis (estes atualmente representam 20% dos combustíveis usados no setor de transporte no Brasil). Também pode ser usada para gerar calor e aquecer residências.

Ao aproveitar os resíduos urbanos, por exemplo, outro benefício é reduzir a quantidade de resíduos enviados a aterros e lixões.

Apesar dessa forma de energia ser comum nas residências, assim como a solar, as indústrias são as principais consumidoras da energia da biomassa no Brasil.

A biomassa corresponde atualmente a 8% da matriz energética brasileira (o bagaço da cana-de-açúcar é a principal fonte de energia no país). Além disso, o Brasil conta com 630 usinas de biomassa e uma capacidade de 16,7 GW. No mundo essa porcentagem é de 2,4%. O Estado de São Paulo é o que mais produz energia da biomassa, com 41% do total brasileiro, produzindo 3.152 GWh, o que é suficiente para abastecer 1,6 milhões de residências por 1 ano. Apesar da porcentagem mundial ser baixa, na verdade a produção de biomassa praticamente dobrou na última década. O país que mais gera é a China.

Mas como acontece exatamente a geração de energia? Como já foi dito, a produção é semelhante a uma usina de combustíveis fósseis.

O calor gerado pela queima dos produtos orgânicos aquece a água, e o vapor aciona as turbinas.

Um detalhe é que assim como nas usinas térmicas convencionais, parte do calor gerado acaba sendo disperso no ar e não usado para a eletricidade, mas é possível capturar de volta o calor e usá-lo para aquecer ambientes ou água. Essa técnica é chamada de “cogeração” (que gera simultaneamente a energia térmica e elétrica).

Apesar dos benefícios já citados, assim como as outras energias renováveis, a biomassa também apresenta algumas desvantagens. É difícil transportar e armazenar a biomassa, o poder calorífico é menor em relação a outros combustíveis e a eficiência da geração de energia é reduzida.

Por outro lado, nos últimos anos as tecnologias da biomassa vêm sendo aprimoradas, o que pode melhorar a eficiência do processo.

Ao contrário da energia solar, por exemplo, que recebe incentivos do governo, no caso da biomassa isso não ocorre da mesma maneira, ou seja, faltam investimentos públicos, e esse é um dos motivos pelos quais essa forma de energia não é tão utilizada.

O funcionamento da produção dessa energia começa de um jeito bastante curioso, que é o processo da fotossíntese pelas plantas. As plantas usam a luz do sol para a produção de um carboidrato, a glicose, que é a forma de energia usada pelas plantas. E é justamente essa substância que permite a geração de energia elétrica pelo processo da biomassa.

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