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Já parou para pensar na quantidade de água e agrotóxicos usados nas plantações de algodão? E a extração do petróleo para a fabricação de tecidos sintéticos, como o poliéster? Você sabia que no mundo, a cada segundo são depositados o equivalente a um caminhão de roupas nos lixões?

Apesar da reciclagem de tecidos ser possível, apenas 1% das fibras usadas na confecção de novas roupas são de origem reciclada.

O desperdício de material têxtil começa desde a produção. Na hora de fabricar as peças de vestuário, muitos fabricantes jogam no lixo o material que sobra. Na fabricação de uma camisa de algodão, metade do tecido vai para o lixo. A outra fonte de desperdício vem após o consumo, ou seja, trata-se do fato dos consumidores não usarem muitas peças que adquirem e também descartem de forma inadequada. O que acontece é que as pessoas compram roupas demais sem necessidade.

Estima-se que atualmente as pessoas comprem 60% a mais de roupas do que há 15 anos atrás.

Quando falamos em reciclagem de tecidos vem logo em mente as roupas, mas também não podemos nos esquecer de outros itens como roupas de cama, forros de mesas, toalhas de banho, etc. Em 2018 o Brasil produziu 9 bilhões de peças no total! Na cidade de São Paulo são geradas 63 toneladas de resíduos têxteis por dia! No país existem apenas 21 empresas que fazem a reciclagem de tecido.

A reciclagem mecânica de tecidos transforma restos de roupas em pequenos pedaços picotados que depois viram fardos. Esses fardos são usados para a confecção de enchimentos para sofás, sacos de boxe, edredons e carpetes.

Existem algumas barreiras para a reciclagem de tecidos. Uma das principais se dá na etapa da classificação e pré-processamento. Por exemplo, uma calça jeans precisa ter seus zíperes e botões removidos, já as roupas que contém elastano não podem ser recicladas. Na verdade, cada tipo de peça de roupa possui suas particularidades para ser reciclada.

Para escalonar a reciclagem têxtil são necessários custos muito altos.

A reciclagem de tecidos tem fama de ser ineficiente, pois muitas vezes as fibras recicladas não possuem boa qualidade e em muitos casos precisam ser misturadas às fibras virgens. Mas nos últimos anos algumas startups vêm desenvolvendo tecnologias de reciclagem mais eficientes.

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