A desnutrição tem consequências na saúde mental. Alguns problemas comuns são o mal funcionamento da cognição, impactos na memória e na capacidade de aprendizado. Crianças desnutridas podem ter dificuldades de concentração e de aprendizado, o que compromete o desempenho na escola. Adultos também sofrem com as consequências da desnutrição.
A desnutrição pode desencadear um ciclo em relação ao estresse. A falta de alimentos variados e nutritivos pode desencadear estresse, e o estresse, por sua vez, pode impactar padrões alimentares e prejudicar a absorção de nutrientes.
As emoções e comportamentos são influenciados pela desnutrição. A carência de certos nutrientes pode desencadear mudanças de humor, irritabilidade e agressividade.
A desnutrição pode causar até a depressão. A falta de ácidos graxos ômega-3 e vitaminas do complexo B tem sido relacionada com alterações no humor.
Desnutrição na Infância e Desenvolvimento Neuropsicomotor
A desnutrição na infância pode comprometer o desenvolvimento cognitivo, afetando habilidades como memória, atenção, raciocínio lógico e resolução de problemas.
A desnutrição crônica durante a infância está associada a atrasos no crescimento físico, resultando em estatura abaixo da média.
O comprometimento neurológico durante os primeiros anos de vida pode ter impactos na fase adulta. Os adultos podem ter dificuldade de aprendizado, dificuldades de realizar tarefas no trabalho e logo têm menos qualidade de vida.
Outro fator que influencia no sistema neurológico da criança são problemas relacionados à nutrição materna durante a gravidez.
Desnutrição em Adultos e Saúde Mental
Adultos desnutridos podem experimentar comprometimento cognitivo, incluindo dificuldades de concentração, raciocínio lento e redução da memória. Esses efeitos podem impactar negativamente o desempenho profissional.
A desnutrição em adultos pode levar ao isolamento social devido a mudanças no comportamento, aparência física e função cognitiva. Além disso, o estigma associado à desnutrição pode agravar problemas emocionais, aumentando a sensação de isolamento.
Intervenções Nutricionais para Melhoria da Saúde Mental
A inclusão de ácidos graxos ômega-3 na dieta tem sido associada a benefícios para a saúde mental. Esses nutrientes, encontrados em peixes, nozes e sementes de linhaça, são essenciais para a estrutura das membranas celulares cerebrais e podem desempenhar um papel na redução de sintomas de depressão e ansiedade.
Vitaminas do complexo B, incluindo B6, B9 (ácido fólico) e B12, desempenham um papel vital na síntese de neurotransmissores, como serotonina e dopamina, hormônios do bem-estar.
A saúde intestinal está intrinsecamente ligada à saúde mental. O consumo de alimentos probióticos, como iogurte e kefir, pode promover uma microbiota intestinal saudável, influenciando positivamente a função cerebral e reduzindo sintomas de depressão e ansiedade.
Abordagem Multidisciplinar no Tratamento
O tratamento da desnutrição começa com uma avaliação médica para avaliar o estado físico geral da pessoa. Exames são realizados para identificar deficiências nutricionais, avaliação da saúde cardiovascular, óssea e outros sistemas do corpo afetados pela desnutrição.
Nutricionistas desempenham um papel crucial na criação de planos alimentares personalizados para atender às necessidades específicas de cada indivíduo. Psicólogos e psiquiatras estão envolvidos para tratar os aspectos psicológicos e emocionais associados aos transtornos alimentares.
Desnutrição, Neurotransmissores e Função Cerebral
A desnutrição pode estar associada a níveis reduzidos de serotonina, um neurotransmissor crucial para a regulação do humor. Baixos níveis de serotonina estão ligados a sintomas de depressão e ansiedade.
O neurotransmissor GABA está envolvido na regulação do estresse e da ansiedade. A desnutrição pode influenciar negativamente os níveis de GABA, contribuindo para um aumento da resposta ao estresse.
A função cerebral comprometida pode ser revertida, bastando reintroduzir nutrientes essenciais na dieta.
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