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O protetor solar é conhecido por ajudar na prevenção de câncer de pele, porém se você não escolher o tipo certo, pode sofrer algumas consequências negativas na sua saúde. Não apenas você corre riscos, mas também o ecossistema marinho, que recebe de milhares de litros de protetor solar por ano no mundo inteiro.

Podemos começar a explicar o problema por meio de uma substância presente em muitos protetores e com vários efeitos… O nome dela é oxibenzona, e sua função é absorver raios UVA e UVB. Faz mal para nós pois atua como um disruptor endócrino, pode causar câncer de pele e também envelhece o corpo. Nos animais, também atua como disruptor endócrino, e nos corais, por exemplo, causam embranquecimento (sim! fazendo eles perderem todas aquelas cores incríveis) e inclusive a morte.

E os corais são mais importantes do que você imagina! Eles funcionam como habitat de peixes e, segundo o Aquário Nacional Americano, cerca de 25% da vida marinha depende dos corais.

Agora segue uma breve lista de substâncias nocivas presentes nos protetores que possuem efeitos parecidos a da oxibenzona no corpo, para que assim você verifique a sua presença na composição química das embalagens: homosalato, ensulizole, octinoxato e 4-metilbenzilideno-cânfora.

Como acontece a poluição?

Antigamente os protetores eram bem mais pastosos e e deixavam a pele mais esbranquiçadas. Porém, nos últimos anos, com o avanço da tecnologia, a substância TiO2, que é responsável pela proteção solar, passou a ser fragmentada em partículas menores, possibilitando um aspecto melhor e aplicação mais fácil. O lado ruim é que a redução das partículas em nanopartículas possibilita que o produto reaja mais facilmente com o meio aquático, afetando-o.

Ou seja, a poluição acontece quando entramos em contato com o mar para dar um mergulho, ou então na hora do banho, quando o protetor escoa pelo ralo e acaba em mares e rios.

Protetor solar químico x Protetor solar físico

O protetor solar químico absorve os raios UV antes que estes penetrem na pele, porém, possuem muitas substâncias tóxicas. Ou seja, estas substâncias penetram na pele, atuando na preservação dos raios rolares, porém, elas ficam retidas no organismo, causando danos a saúde.

Já os protetores físicos, conhecidos por deixar a pele bem branquinha, funcionam como uma barreira física aos raios (nao absorvem radiação e refletem os raios solares) e consequentemente agridem menos a nossa pele e a saúde. Eles são compostos por óxido de zinco e dióxido de titâneo.

Outra diferença é que os filtros químicos são mais fáceis de aplicar, porém necessitam repetidas vezes para manter o efeito. Os físicos são mais espessos mas sua aplicação dura mais tempo. E a nossa recomendação você já deve estar imaginando… use sempre que possível protetor físico!

Solucionando o problema pelo mundo

Felizmente alguns países já estão tomando medidas para mudar essa situação. No Havaí, por exemplo, a partir de janeiro de 2021 está proibido o uso de protetores solares que contenham substâncias tóxicas como a oxibenzona e o octinoxato.

E o que você pode fazer?

Em primeiro lugar opte por chapéus, roupas e barracas (com proteção UV!);

Opte por filtros fisicos sempre que possível (sem oxibenzona);

Uma boa notícia é que estão chegando no mercado protetores a base de frutas e verduras como por exemplo: abacate, aloe vera, cupuaçu e cenoura. Opte por estes também.

Ah, não esqueça de destinar a embalagem do protetor para a reciclagem.

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