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Você sabe para onde vai o seu lixo? Lixões e aterros sanitários são os destinos mais comuns do lixo urbano e industrial. Mas será que eles estão prontos para receber este tipo de material? Quais as diferenças entre eles?

Lixão

Trata-se de um local completamente inadequado e inconcebível para destinar o lixo urbano. Ele não possui nenhuma infra-estrutura, planejamento, controle de entrada e cuidados para receber o material e algumas consequências são: a contaminação de solos e rios e a disseminação de doenças, como febre amarela e dengue, pelo ar e animais. Um bom exemplo foi o lixão de Jardim Gramacho-RJ  que ficava na beira da Baía de Guanabara e foi fechado em junho de 2012.

E sim, os lixões são clandestinos!

Chorume e gás metano

Estão aí uns dos principais problemas dos lixões. O chorume é um líquido proveniente da decomposição da matéria orgânica (restos de comida) juntamente com a decomposição de outros tipos de resíduos que contêm contaminantes. Já o gás metano, também proveniente da decomposição da matéria orgânica e outros tipos de resíduos, é um dos principais gases que intensificam o aquecimento global, sendo muito mais nocivo do que o famoso gás carbônico.

Crime ambiental

Você sabia que por lei a operação de um lixão ou então a destinação de lixo a ele, é um crime ambiental, passível de multa e reclusão de 2 anos? Isso mesmo, você pode denunciar aos governantes as indústrias que descartam resíduos irregularmente.

Ameaça aos catadores


Muitas pessoas (inclusive crianças) frequentam lixões em busca de sobras de alimentos e de materiais recicláveis para sobreviverem. Elas estão completamente expostas às doenças (inclusive porque pode existir lixo hospitalar) e podem se ferir com objetos de vidro e ferro.

No Brasil


O Brasil é o terceiro maior produtor de resíduos sólidos do mundo e o campeão da América Latina. Por dia, são gerados incríveis 541 mil toneladas! E há uma grande diferença entre a quantidade de resíduos destinados aos lixões no sul e nordeste. Vamos aos números. No sul 12% dos resíduos são destinados inadequadamente e no nordeste são 88%! Esta situação também reflete na quantidade de resíduos destinados a reciclagem. No sul o número é 7% e no nordeste 0,7%.

Incineração de rejeitos

Por ano, a queima irregular de rejeitos nos lixões emite na atmosfera a mesma quantidade de gases de efeito estufa do que três milhões de carros movidos a gasolina.

Não era para acabar em 2014?


A Política Nacional de Resíduos Sólidos decretou em 2010 que todas as cidades deveriam fechar os lixões até 2014, porém foi constatado ainda em 2015 que ainda haviam 1.569 lixões em operação no Brasil e, atualmente, estima-se que mais da metade do lixo produzido nas cidades é destinado aos lixões. Dura realidade!

Coisa do passado

O descarte de resíduos em locais sem tratamento, como periferia de cidades e córregos, era uma pratica comum antigamente, quando não existia nenhum tipo de consciência ambiental. Hoje em dia é considerado uma grande vergonha pra quem apoia ou não se importa em mudar essa triste situação.

Aterro sanitário


Temos aqui não a solução ideal para o destino do nosso lixo (que no caso seria a reciclagem), mas sim, uma opção menos mal do que os lixões. Os aterros são locais projetados para receberem o lixo urbano e industrial, com solo impermeabilizado, cobertura para proteger o ar, sistema de drenagem de chorume e captação de gás metano metano, posteriormente usado como fonte de energia. Diferentemente dos lixões, para depositar resíduos em um aterro você precisa de documentação e seguir algumas normas.

Custo X Benefício

Os aterros exigem gastos com a sua construção e, principalmente, manutenção. Muitos municípios dão início aos aterros mas não conseguem financiar a manutenção, e por isso são deixados de lado pelos governantes. Mas o que deveria ser levado em consideração é que o gasto com a saúde pública para tratar de pessoas com doenças provenientes dos lixões é muito maior!

Chorume é retido e canalizado

No aterro sanitário, uma camada impermeável de plástico é disposta a cada 5 metros de lixo acumulados verticalmente, assim evita-se que o chorume seja infiltrado no solo e atinja os lençóis freáticos.

Vida útil

Os aterros são projetados para funcionar 20 anos ou mais, mas mesmo após esse tempo é comum que continuem produzindo gases e líquidos contaminantes, por isso é necessário ter cuidados para que não aconteça os mesmos problemas dos lixões. Após o fim dos processos de biodecomposição e de geração de gases e líquidos, que pode durar até algumas décadas após o fim da vida útil do aterro, a área pode ser reintegrada ao meio ambiente e a paisagem sob forma de áreas de reflorestamento ou parques de lazer. Mas a região onde foi o aterro deve ser monitorada mesmo após 50 anos.

Local adequado

Um dos principais quesitos pensados na hora de planejar a construção de um aterro sanitário é o local. É muito importante que seja afastado da população para evitar mau cheiro e possíveis disseminações de doenças.

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