A economia circular é um modelo de economia inteligente voltado para a redução da extração de matéria-prima, da geração de lixo e da emissão de gases de efeito estufa, dentre outros objetivos.
Nele, as pessoas compram os produtos, fazem o uso e ao invés de descartar, devolvem para as empresas de modo que sejam reaproveitados. Ou seja, é uma forma de aliar o crescimento econômico à preservação ambiental.
O conceito da economia circular é o oposto da economia linear. Na economia linear, que é o modelo mais presente na atualidade, acontece o fenômeno de extrair, produzir, consumir e descartar. Esse modelo está se tornando insustentável. A cada dia que passa, a população está se tornando mais consciente a respeito das questões ambientais e vem dando preferência para as marcas que praticam a economia circular.
Na economia circular as empresas são encarregadas de realizar a logística reversa, na qual recebem os produtos dos clientes ao fim da vida útil para reciclar, transformar ou de alguma forma dar uma nova vida, evitando a geração de lixo e reinserindo os produtos na economia. A logística reversa atualmente é mais empregada nos setores de produtos eletrônicos e roupas, mas outros exemplos seriam medicamentos, lâmpadas, pneus e óleos. Um caso interessante é o do McDonald ‘s que possui um sistema de logística reversa para reciclar o óleo usado no preparo das batatas fritas. Os caminhões que levam os alimentos até os estabelecimentos são os mesmos que levam o óleo de volta para ser reciclado. O produto é transformado em combustível para abastecer os próprios caminhões.
Um bom exemplo para ilustrar o que seria a economia circular são os brechós, que são estabelecimentos que comercializam roupas usadas por um preço menor do que as peças novas, dessa forma evitam que as roupas sejam jogadas no lixo e estendem a vida útil. Mais um exemplo seriam os sistemas de compartilhamento de bicicletas por meio de aplicativos, pois assim estimulam o compartilhamento ao invés do consumo e descarte precoce das bicicletas.
Os processos de reciclagem empregam milhares de pessoas em todo o mundo. Além disso, as empresas devem oferecer um produto de qualidade e altamente durável, de modo que não estrague rapidamente e precise ser substituído. A economia circular propõe eliminar o conceito de lixo.
As empresas podem adotar a economia circular como forma de melhorar a sua imagem diante dos consumidores e assim conquistar mais clientes. Muitas pessoas dão preferência a produtos fabricados por marcas sustentáveis. Em contrapartida, muitas empresas ainda não têm consciência a respeito desse assunto e continuam adotando as práticas da economia linear. As empresas que optam pela reciclagem ao invés da extração da matéria-prima virgem também acabam obtendo economia financeira, uma vez que muitas vezes é mais barato reciclar do que fabricar.
Na economia linear, muitas empresas fazem o uso da obsolescência programada, que é justamente uma técnica para os produtos estragarem rapidamente e forçar o consumidor a comprar um produto novo, o que aumenta os lucros da empresa.
Muitas vezes o preço do conserto de um produto é tão caro quanto o preço de aquisição de um novo. Essa técnica é tão utilizada na economia linear que já houve protestos contra algumas empresas. Ou seja, a população está ciente e não cai na armadilha. Um bom exemplo foi o caso de um americano que comprou um iPod e depois de um ano a bateria parou de funcionar. Ele reclamou pela plataforma online e a Apple respondeu: “Vale mais a pena comprar um novo!”. O caso levou pessoas às ruas em protesto e a empresa trocou a bateria do aparelho. Uma maneira de praticar a obsolescência programada de forma “disfarçada” é quando as empresas lançam versões novas de um certo produto, de modo que os consumidores vejam os seus produtos atuais como ultrapassados. Assim adquirem um novo mesmo que o antigo ainda esteja em perfeito estado.
Além dos produtos em si, não podemos deixar de falar sobre as embalagens, pois são uns dos principais itens encontrados em lixões e aterros sanitários, fazendo com que emitam gases de efeito estufa durante a decomposição, além de consumirem muitos recursos naturais para a fabricação. Tanto para a fabricação das embalagens quanto dos produtos, é necessário extrair recursos naturais, e muitos deles não são renováveis, como é o caso do petróleo.
Os produtores devem se encarregar de reciclar as embalagens após o consumo e também fabricar embalagens feitas de materiais sustentáveis, ao invés do plástico, por exemplo.
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