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Várias fontes antropogênicas contribuem para a emissão de CO2!

As emissões de gases de efeito estufa no mundo foram de 59 bilhões de toneladas em 2019, valor 12% maior do que em 2010 e 54% maior do que em 1990. A última década teve o maior crescimento de emissões da história humana: 9,1 bilhões de toneladas a mais do que na década anterior – mesmo com a consciência da escala do problema e da urgência da ação.

A emissão de gás carbônico ou dióxido de carbono (CO2) é responsável por cerca de 60% do aquecimento global!

Desmatamento

No Brasil, o desmatamento é responsável por 26,7% das emissões de gases de efeito estufa. O desmatamento ocorre principalmente na Amazônia.

O problema é que as queimadas geram diretamente gases de efeito estufa, liberando o carbono armazenado na biomassa florestal, além de reduzir a capacidade das florestas de absorver o CO2 e liberar oxigênio.

Em 2021, terceiro ano de governo Bolsonaro, o desmatamento na Amazônia alcançou o maior patamar em 15 anos, desde 2006. Desde o início de seu mandato, em 2019, que a destruição da floresta vem aumentando ano a ano.

Em um estudo, as áreas com mais de 30% de desmatamento, por exemplo, apresentaram uma emissão de carbono dez vezes maior do que regiões com desmatamento inferior a 20%.

Áreas de alta absorção de carbono da atmosfera, como a Amazônia e as geleiras do Ártico, podem derrubar por si só as metas de controle climático, se deixarem de existir ou sofrerem muita degradação.

Políticas que vão contra o desmatamento e estimulam o replantio em outros locais podem ajudar a reverter a situação.

Transporte

O transporte corresponde a 13,8% das emissões no Brasil. Desde 2000 é o setor que mais cresce em termos de irradiação de CO2.

Entre os modais que mais contribuem com as emissões de dióxido de carbono, os carros leves lideram com 45% do volume emitido. Em seguida, aparecem os caminhões, responsáveis por 21% das emissões de CO2, os aviões e navios, ambos com 11% das emissões, ônibus e micro-ônibus representam 5%, triciclos e motocicletas 4% e os trens figuram com 3%.

Segundo estudos, um passageiro de ônibus gera 0,71 quilogramas (kg) de CO2 por viagem, enquanto um motociclista gera 3,76 kg de CO2/viagem e um motorista de automóvel 5,11 kg de CO2.

Algumas soluções são o uso de combustíveis como etanol e biodiesel. Também não podíamos esquecer dos carros elétricos e movidos a hidrogênio. Essas soluções também valem para ônibus e caminhões.

Uma melhor eficiência da cidade e incentivos do governo deveriam priorizar o transporte a pé e de bicicleta.

Se as cidades adotarem a automação, a eletrificação e o compartilhamento de viagens, pesquisas apontam que poderiam reduzir as emissões de transporte em 80%.

Fermentação entérica

Isso mesmo, estamos falando dos puns e arrotos de animais como vacas, cabras e ovelhas.

Só em 2019 foram 366 milhões de toneladas de emissões. A fermentação entérica foi responsável por cerca de 40% das emissões da agropecuária nos últimos 20 anos.

O estrume deixado no pasto também gera emissões agrícolas. Libera óxido nitroso, um gás de efeito estufa cuja contribuição, por tonelada, para o aquecimento global é muito maior do que a do dióxido de carbono. Esses dois processos da pecuária correspondem a mais da metade das emissões totais da produção agrícola.

A pecuária é responsável por 18,4% das emissões no Brasil, principalmente devido ao grande rebanho bovino que existe por aqui.

No período de 1996 a 2016, a China foi responsável pela maior parte das emissões do setor, seguida por Índia, Brasil e Estados Unidos. Juntos, esses quatro principais emissores agrícolas foram responsáveis ​​por 37% das emissões globais da produção agropecuária.

Um dos problemas é que o aumento populacional demanda por mais alimentos, e consequentemente haverá crescimento da agropecuária.

Uma possível solução é a criação de rações para esses animais com aditivos que reduzem a fermentação. Também deve ser incentivada a substituição de carne por alimentos vegetais pela população.

Combustíveis fósseis

Os combustíveis fósseis são, por definição, o grupo de recursos naturais disponíveis na natureza utilizados para a produção de energia por meio de sua queima e oriundos da decomposição de material orgânico ao longo do tempo. Os três principais tipos de combustíveis fósseis são: o petróleo, o gás natural e o carvão mineral, embora existam outros, como o xisto betuminoso.

Os combustíveis fósseis têm um papel muito importante na sociedade tal qual a conhecemos hoje, pois eles representam mais de 75% da demanda energética mundial, sendo usados em veículos, indústrias e residências.

Além do fato de ser um recurso não renovável, o petróleo apresenta como desvantagem a emissão em grande quantidade de poluentes na atmosfera durante a sua queima.

A queima de combustíveis fósseis se dá principalmente pelos veículos (automóveis, aviões, ônibus, etc) e pelas termelétricas.

Outro ponto negativo dos combustíveis fósseis é que eles não são renováveis, ou seja, um dia as suas reservas terão um fim.

Apesar da matriz energética brasileira ser considerada uma das mais renováveis do mundo, o uso de combustíveis fósseis ainda é elevado no Brasil. O país ainda é bastante dependente do uso deles. Cerca de 36% da matriz energética brasileira é constituída por combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão mineral.

Processos industriais

Com uso de tecnologias mais eficientes e crescente participação de fontes renováveis na geração de energia, os processos industriais são responsáveis por apenas 6% das emissões do país. Ou seja, além do uso de energias renováveis, as indústrias atualmente contam com equipamentos e utilizam menos energia.

A indústria cimenteira, globalmente, responde por cerca de 7% de todo o CO2 equivalente emitido pela ação humana. As cimenteiras brasileiras são as que emitiram menor quantidade de gases de efeito estufa por tonelada de cimento produzida desde 1990, quando se iniciou a contabilização de emissões pelo setor.

Enquanto a média mundial de emissão específica encontra-se hoje em cerca de 634 quilos de CO2 equivalente por tonelada de cimento, no Brasil esse valor é de 564 quilos por tonelada de cimento – ou 11% a menos. Apesar disso, nos últimos anos a indústria cimenteira apresentou redução nas emissões.

A indústria brasileira do alumínio é um exemplo na mitigação das emissões dos gases de efeito estufa. O uso de alumínio reciclado reduz a pegada de carbono, comparado com o uso de alumínio obtido por meio do minério, e o Brasil está entre as maiores taxas de reciclagem de alumínio do mundo.

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Referências

ipam.org.br/entenda/quais-sao-as-principais-fontes-de-gases-de-efeito-estufa-decorrentes-das-atividades-humanas-2/

wribrasil.org.br/noticias/transporte-e-fonte-de-emissoes-que-mais-cresce-veja-o-que-dizem-os-numeros

wribrasil.org.br/noticias/5-perguntas-e-respostas-sobre-emissoes-de-gases-de-efeito-estufa-da-agropecuaria

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