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Microplástico são pequenas ou microscópicas partículas de plástico (menores que 5mm de diametro). Elas se encontram no meio ambiente  (principalmente nos oceanos) e o problema é que possuem a propriedade de reter susbstâncias nocivas aos seres vivos. Tanto os peixes como nós, por exemplo, acabamos ingerindo essa substância e nos infectando. E o que estamos descobrindo é que o microplástico está por toda parte: no ar que se respira, nos mares, na água que bebemos, e nos produtos que tem embalagens plasticas, etc – e também em quantidades preocupantes.

Essas partículas são originadas a partir da degradação de objetos de plásticos maiores, como garrafas pet, pneus, brinquedos e embalagens. Tais objetos são fragmentados em partículas menores com a força dos ventos, das ondas e da chuva. A ingestão tem várias consequências,  no crescimento, no metabolismo e afeta a  sobrevivência dos seres vivos.

Segundo a oceanógrafa brasileira Manoela do Arte, incríveis 90% do microplástico presente nos ecossistemas costeiros são de microfibras provenientes da lavagem de roupas  sintéticas. A maioria das roupas são feitas de materiais provenientes do plástico (como nylon, acrílico e poliéster). Isso mesmo, ao lavar roupas deste tipo de material, é liberado microplástico, e este acaba se alojando nos rios e oceanos.

O plástico está presente na vida dos humanos de uma maneira que você não imagina! Análises de água coletadas em todos os continentes, em um estudo de uma organização jornalística americana (Orb Media), foi constatado que 83% delas possuíam microplástico. Não só na água.. os alimentos também acabam infectados durante o processo de embalagem e processamento.

Nos oceanos, é muito comum que plânctons e pequenos animais façam ingestão de microplástico, e consequentemente, peixes maiores acabam se alimentando deles e se infectando também… E por fim, adivinhe só… no fim da cadeia estamos nós, humanos, se alimentando de peixes contaminados! Além de contaminar animais, muitos deles confundem o microplástico com comida, fazendo a ingestão e consequentemente morrendo.

O oceano e sua biodiversidade são um dos mais afetados pelo fenômeno. E algumas autoridades afirmam que até 2050 haverá mais microplásticos no mar do que peixes!

As soluções para o problema você já pode imaginar… optar por não consumir produtos de plástico ou produtos com embalagens plásticas ou então, reutilizar e reciclar. Você também pode optar por roupas de algodão orgânico, ao invés de poliéster e nylon.

O tema ainda necessita de muito estudo científico para caracterizar o microplástico, entender seus efeitos no ecossistema e como retirá-lo do meio ambiente. Alexander Turra, professor do Instituto Oceanográfico da USP, afirma que os pesquisadores ainda enfrentam muitas dificuldades para entender o mundo das micropartículas e que, logo, necessitam de mais tecnologia.

Ah, aqui vai uma dica para consumir produtos em embalagens plásticas! Preste atenção no número que vem dentro do “triangulozinho” na embalagem, pois eles indicam a composição e nível de contaminação. Dê preferência aos números 2,4 e 5. Já o número 1 não deve ser reutilizado, pois pode contaminar o produto com metais pesados, e o número 3, possui a substância BPA que serve para deixar o plástico mais maleável, mas pode causar disfunções hormonais.

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